figurinhas do rock: janeiro 2011

sábado, 29 de janeiro de 2011

Megadeth: Pontos Fracos de Uma Grande Banda


Venho hoje falar de um tema que talvez vá gerar controvérsias: Os pontos fracos presentes no som do Megadeth.

A própria origem da banda gera controvérsias, pois muitos acreditam que a criação do grupo foi apenas "birra" de Dave Mustaine depois de ser chutado do Metallica. Porém, mesmo sendo um grupo conhecido dentro do Trash e Heavy Metal, o Megadeth nunca alcançou o sucesso do seu "arqui-rival" Metallica, embora tenha qualidade suficiente para isso.


Conheci a banda no início do ano passado, e desde então venho ouvindo o som do grupo periodicamente, gostando muito do que tenho percebido. 

Porém há alguns pontos negativos que eu venho percebendo e que gostaria de compartilhar com meus leitores.

Para usar como exemplo, escolhi o clássico Rust In Peace

Na música Five Magics, o ritmo cadenciado e contagiante que começa em 3: 22 é logo substituído por um refrão ruim, que estraga a parte anterior, e que me fez não gostar dessa música tanto quanto eu tinha gostado até essa parte. 


Há riff's estranhos em alguns momentos, como o que inicia em 4: 06 na música Rust In Peace... Polaris, que parece que a guitarra está falhando, ou com mal contato, e estraga uma música que vinha num ritmo bem interessante até então.


Na pequena música Dawn Patrol, um das melhores linhas de baixo que eu já ouvi é tocada, e é estragada por uma voz gutural demais (até para Dave Mustaine) cantada a seguir. Acho que seria melhor Mustaine investir em um vocal decente e ampliar a música, pois a idéia melódica tocada pelo baixista renderia em uma música fantástica se fosse melhor trabalhada.


Solos extremamente rápidos e complexos são características marcantes do som do grupo, embora em alguns deles haja partes estranhas e que mostram momentos de baixa criatividade dos guitarristas, além de alguns tornarem as músicas maçantes, tamanha a sua presença em alguns momentos.


Para encerrar, quero dizer que gosto bastante do som do Megadeth, não tenho nada contra o grupo, só acho que em alguns momentos eles poderiam explorar com mais intensidade as melodias, além de não investir tanto em passagens feitas apenas para enaltecer as qualidades de cada um (leia-se Dave Mustaine) o que talvez rendesse músicas melhores e mais vibrantes, que os tiraria de vez da sombra do Metallica...

domingo, 16 de janeiro de 2011

Death Magnetic: O Retrato de Uma Banda Por Um Fio

As vezes me sinto o Velho do Saco (muitos não entenderão o significado da expressão, por isso vou explicar: Velho do Saco seria aquela pessoa que vai juntando coisas que julga que algum dia terão utilidade, mas que nunca serão usadas realmente).

No meu caso, nunca nego mais músicas para meu HD (é claro, desde que seja de Rock de verdade), o que faz com que eu tenha dezenas de artistas que nunca ouvi nem sei o que são nos meus 149 Gb de arquivos.

Então, tentando reduzir um pouco a parcela desconhecida resolvi um disco que nunca tive vontade de ouvir, o Death Magnetic do Metallica.

Por que nunca tive vontade de ouvi-lo? Nem eu sei ao certo, mas talvez seja o fato de achar que o Metallica não é nem a sombra do que já foi (afinal, a decepção com o St. Anger foi muito grande...)

Pois bem, comecei a ouvir a primeira música, That Was Just Your Life e já pensei: "Hein?".

Bom, a música começa com um dos dedilhados obscuros característicos do grupo, passando depois para um som pesado e pulsante, mas que não mostra em nada o som de antigamente.

O que pude notar é que o som está mais difícil de ser assimilado que antigamente, por isso precisei ouvir o disco 3 vezes para entender seus movimentos melódicos.

Porra, cadê aquele James Hetfield que GRITAVA: "HIT THE LIGHTS!!!"? A voz dele decaiu demais nesses anos, e seu timbre mudou completamente. Bom, a idade é F*%$... Seu desempenho na guitarra pelo menos foi satisfatório, o que pra mim é o fundamental...

Agora vamos a bateria. Fico feliz que Lars Ulrich tenha trocado o kit de panelas Tramontina (e olha que essa frase foi sem exageros, pelo amor de Deus!!!) que usou no último disco por uma bateria decente de novo. Seu estilo pesado e cortante voltou, com bumbo duplo em muitos momentos, mas já não mostra o mesmo estilo inovador dos anos 80.

No baixo, Trujillo fez o seu trabalho impecável de sempre, não se destacando em nenhum momento, mas segurando muito bem as músicas. 

E, nos solos que voltaram (GRAÇAS A DEUS!!!) Kirk se destaca novamente, com seu estilo super rápido e de muita pegada. É claro que não vemos solos geniais como o de Master Of Puppets nem de One, mas o seu desempenho foi muito bom, e os solos empolgam.

Agora vou falar de um ponto que para muitos deve ter passado despercebido, mas que notei logo de cara: O tamanho das músicas. Músicas longas sempre foram um ponto clássico do Metallica, mas agora acho que elas atrapalharam.

As músicas parecem perder a intensidade conforme os minutos passam, e isso tende a tornar a audição um pouco cansativa. Não que músicas menores salvariam o som final, mas talvez viessem a calhar melhor nesse ponto de menor criatividade do grupo.

Não há grandes destaques, pois as músicas parecem ter a mesma essência sonora, embora a segunda, The End Of The Line, pareceu resgatar um pouco daquela vitalidade de antigamente, com riff's surpreendentes e pulsantes que tornaram o Metallica no que é hoje.

O disco trouxe uma tentativa de fazer o Metallica voltar ao seu som característico, e embora seja muito elogiado acho que merece um mediano apenas. Se fosse outra banda talvez merecesse um muito bom, mas como é o Metallica, um mediano está de bom tamanho...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Agradecimento Formal A Área Rock N' Roll



Como todos os leitores desse Blog devem saber, eu ganhei um disco da Área Rock N' Roll por ter enviado mais link's na sua promoção de fim de ano.

Pois bem, o disco chegou (veja as imagens abaixo) inteirinho, original e novinho em folha, até com a embalagem plástica inclusive.




Então, se havia alguém que ainda tinha dúvida quanto a veracidade da promoção, achando que fosse só uma forma de divulgar o Blog, estavam enganados, pois realmente os autores do Blog cumpriram com sua palavra.

Mais uma vez agradeço a Área pelo disco muito bom e novinho dessa banda que eu adoro, o Rush, pois não são muitos os que dão discos só para receber link's...

Valeu galera!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Grand Funk Railroad: Um dos Melhores e menos conhecidos grupos americanos

É difícil encontrar um grupo americano tão bom e versátil quanto o Grand Funk Railroad. 

O som do grupo traz um Funk (não carioca, PELO AMOR DE DEUS!!!) em sua definição pura, com toques de Hard Rock, Blues e até psicodelia em alguns momentos. As composições muitas vezes longas (para padrões da época) trazem melodias complexas que demonstram os conhecimentos acima da média dos músicos, esses que, aliás, cantam de forma poderosa e bonita, mostrando muita versatilidade nas composições.



Como diria meu irmão, os caras faziam um Hard Rock Setentista nos anos 60, ou seja, eram visionários e já tinham em mente uma sonoridade que seria a base da música na década seguinte.


Outra coisa surpreendente é a técnica do baterista  Don Brewer, muito desenvolvida para a época (é claro que havia muitos bateristas virtuosos, mas nem todos tinham a coragem dele de se mostrar para o público, como no solo de baterua da música abaixo):





O Grund Funk permanece como uma pérola semi escondida da grande massa, e poucos conhecem a fundo o som da banda. Uma pena, por que, além de ser uma banda gostosa de ouvir, é um daqueles grupos inesquecíveis, que lhe acompanharão por toda a vida. 


Mesmo eu conhecendo eles a pouco tempo, posso dizer que serão sempre um dos meus grupos preferidos daqui pra frente, presença obrigatória nas minhas audições futuras.


Então fica aqui minha recomendação para os leitores: Ouçam o Grund Funk pois o som dos caras é F*%$, não irão se arrepender!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Como Evoluir No Rock

Hoje de manhã, sem muita idéia do que ouvir, coloquei o primeiro álbum do Deep Purple, Shades Of Deep Purple para tocar. 

Ora, "e o que tem demais nisso?" você pode pensar.

É que eu já tinha ouvido há alguns meses esse disco, e não tinha gostado muito. Tinha o achado meio monótono e chato, visão que se esfacelou hoje ao ouvi-lo pela segunda vez. Isso me fez perceber que, quando não gostamos pela primeira vez de um disco ou música, não quer dizer que ele não seja bom. 

Tá certo, isso envolve gostos e percepções musicais únicas de cada ser humano, mas acho importante destacar que tudo o que ouvimos nos leva para uma Evolução Musical constante (com exceção dos pagodeiros, é claro), e que faz com que o que repudiamos hoje seja uma coisa fantástica meses ou anos depois. 

Eu sou o perfeito exemplo disso, já gostei de muitas coisas que hoje me envergonham, como t.a.t.u.  , e não gostava de coisas que hoje me orgulho de gostar, como Pink Floyd e tudo relacionado a Rock Progressivo \o/ 

Então vou postar agora algo que tenho escrito no computador há algum tempo, mas ainda não tinha achado apropriado postar. Pois bem, depois de hoje acho legal postar isso, para talvez ajudar aqueles meio perdidos no meio de tantos estilos e grupos distintos...

Não obrigo ninguém a seguir isso, eu próprio não segui, mas só agora tenho discernimento para ver que essa é a melhor fórmula para crescer musicalmente...

1ª Fase: Punk Rock

Todo rockeiro que se preze tem que começar a ouvir rock através do punk, ponto de partida “obrigatório” para repertórios de bandas de garagem.
Inicie com Ramones, pois eles possuem um som mais fácil de ser assimilado.
Em seguir ouça:Bad Religion, The Misfits, Sex Pistols, The Clash, The Offspring, Tequila Baby, Green Day (entre outras, que apesar de serem essencialmente simples em estrutura tem algumas fórmulas elaboradas em certas músicas).

2ª Fase: Hard Rock / Grunge / Hard Core
Essa fase é bastante importante, pois é ela que causa a “transição” da simplicidade extrema para elaboração, e possibilita a assimilação de métodos distintos de composição. Aconselho iniciar com Kiss, que possui mais “afinidade” com punk, sem deixar de ser elaborado.
A seguir ouça: Guns N’ Roses (de preferência a fase inicial), AC/DC, Aerosmith, Bon Jovi, Queens Of Stone Age (que irá possibilitar os primeiros contatos com o experimentalismo), Cachorro Grande, The Hellacopters, Nirvana, Foo Fighters, The Who, Rise Against (entre outras).

3ª Fase: Metal / Metal Melódico
É a fase que dará ao rockeiro equilíbrio entre o início e o fim dessa lista. Aconselho iniciar com Metallica, e a seguir ouvir:
Edguy, Rolling Stones, Judas Priest, Megadeth, Pantera, Skid Row, Scorpions, Van Halen, Whitesnake, Deep Purple, Angra, Stratovarius, Gary Moore (entre outras).

4ª Fase: Heavy Metal / Orchestral Metal
Fase muito importante, que é onde “estacionam” muitos rockeiros (e também onde muitos “emigram” para outros estilos, como Trash Metal, Black Metal, entre outros, os quais não irei mencionar). Eu recomendo iniciar por Iron Maiden, e depois seguir para:
Led Zeppelin, Black Sabbath, Ozzy Osbourne, Dragonforce, Black Label Society, Nightwish, System Of A down, Blind Guardian, Rhapsody, Marilyn Manson (entre outras).


5ª Fase: Blues / Southern Rock / Experimental

Pode parecer loucura, mas voltar os olhos para coisas mais “calmas” nesse momento é bem interessante, além de “curar” o cérebro depois de tanta pancadaria do estilo anterior, “prepara” o rockeiro para assumir plenas capacidades de entrar nos estilos seguintes. Recomendo iniciar com o “mestre” Jimi Hendrix, e depois partir para:
Steve Ray Vaughan, Eric Clapton, Beatles, The Doors, Lynyrd Skynyrd, 38 Special, Joe Satriani, Steve Vai, Dire Straits, Bob Dylan, Jeff Beck, Audioslave, Amorphis, Queen, The Eagles, The Police, Iron Butterfly (entre outras).

6ª Fase: Rock Progressivo – 1ª Parte
Essa fase encerra as fases anteriores de maneira perfeita, pois abre espaço para o experimentalismo sem deixar de lado os conceitos “aprendidos” nas fases anteriores. Para não causar muito conflito, recomendo iniciar por Rush, e depois seguir para:
Rainbow, Kansas, Frank Zappa, Uriah Hipp.

7ª Fase: Rock Progressivo – 2ª Parte / Metal Progressivo
Fase que demora mais tempo para ser “digerida”, mas que é bastante importante para definir o destino final do rockeiro. Acho interessante destacar que eu me encontro nessa fase agora.
Recomendo iniciar com Dream Theater, e depois seguir para:
Pink Floyd, Yes, Genesis (a fase inicial), Emerson Lake & Palmer, Jethro Tull, Nektar, Camel, Gentle Giant, Triumvirat (entre outras).

8ª Fase: Indefinido
Acho importante destacar que, ao chegar aqui, o rockeiro pode seguir para qualquer rumo (desde que não vire Emo).



A Evolução Musical é algo lento, muito lento, e que requer paciência, pois nós não podemos gostar de algo só por que nos obriguemos a gostar... 

Como diria Bob Dylan: "Você não deveria deixar outras pessoas escolherem o que você gosta".
Então evolua no seu tempo, mas não chegue ao ponto da Amy... Pô na última imagem avacalharam :P