figurinhas do rock: Como fazer um bom cover

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Como fazer um bom cover

Desde que o homem criou a música, alguns artistas, seja para homenagear seus artistas favoritos, seja para fazer sucesso com regravações de músicas de outras bandas, tem usado do “artifício” de regravar músicas de outros para, algumas vezes, aumentar seus lucros.

Nesse meio há muita música boa... mas também há muita porcaria.

Fazer um bom cover é uma verdadeira arte, pois qualquer detalhe (a mais ou a menos) pode fazer com que a música fique horrível. Por isso que resolvi escrever esse post, que espero que faça com que os leitores recebam mais elogios que críticas (pois nunca se pode agradar a todos) pelos seus covers.

Dica 1: Equilíbrio é fundamental. Não adianta querer improvisar demais nas músicas, nem querer tocá-las exatamente iguais às dos artistas “coverizados”. Na minha opinião, exageros são vistos em:

Kashimir - Angra

Dica 2: Originalidade. É fundamental manter em mente que seus covers (especialmente se forem gravados em discos) devem ter pelo menos algumas diferenças com os originais. Uma boa pedida é modificar um pouco os solos (se eles existirem), não simplesmente trocando-os por solos seus, mas mantendo traços do original. Mas, lembre-se: elementos demais podem tornar uma obra brilhante em algo supérfluo.

Vejo um bom equilíbrio em:

Stargazer – Dream Theater (álbum Black Clouds & Silver Linings)

You Really Got Me - Van Halen (álbum Van Halen)


(aqui abro um parêntese para discordar do blogueiro Marcos Bragatto, que diz ser essa a melhor gravação da música do The Kinks, coisa que eu discordo, pois a versão original é melhor... Para ver a opinião dele, clique aqui.)

Dica 3: Qualidade e profissionalismo. Tente ser o mais profissional possível, não deixando margem para críticas no que diz respeito às suas capacidades musicais em comparação com as do artista “coverizado”. Gostaria de mostrar um exemplo de um cover MUITO mal feito:

Wasted Years - Angra

Dica 4: Tirar o “salto alto”. Não ache que por que você tem capacidade de tocar como o artista que está “coverizando” você sabe mais do que ele. Na maioria das vezes esse tipo de arrogância é muito mal recebido pela platéia, o que pode estragar a sua imagem. Portanto, seja humilde, e perceba que criar e copiar são coisas completamente opostas.

3 comentários:

Eduardo Nunes disse...

Um bom cover sempre cai bem.

Dica: os belos covers de Beatles do início da carreira do Deep Purple

Abrazo

Daniel Silva disse...

E aí, Jefferson. Esse cover do Angra pra Kashmir ficou fantástico mesmo. Acho que tudo depende muito.. às vezes fica bom quando se faz algo totalmente inesperado, como o Nevermore, que gravou a The Sounds of Silence (Simon & Garfunkel).. ou apenas prestar reverência mesmo e manter fiel à original.

Abraço

msensei disse...

Concordo, belo post, mas acho que as vezes é legal chutar e balde e reinventam as músicas "coverizadas" como o SOAD fez muito bem em Snowblind (Black Sabbath) e The Metro (Berlin), ficaram espetaculares e bem diferentes das originais, outro cover foda (se nunca ouviu, procure) é o I Will Surive do Cake, fodástico demais.

Parabéns pelo blog, tá nos meus favoritos.
Abraço.

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