[RESENHA] CD Green Carnation - Light Of Day, Day Of Darkness - Prophecy Productions - (2001)

Recentemente postei aqui nesse blog uma Resenha sobre um disco da banda Jethro Tull, que possui apenas uma música (para ler clique aqui).

Pois bem, hoje descobri outro CD do mesmo tipo. Ele é da banda norueguesa Green Carnation, e possui também apenas uma música.

1) Light Of Day, Day of Darkness ------- 60: 06

DISCO

Para ler outra resenha desse disco, clique aqui.

Um disco muito ousado e que pode ter inúmeras classificações. Fazê-lo foi muito difícil, pois foram utilizados trinta e quatro músicos, entre tenor, barítono e até um coral de crianças. Além disco, durante a gravação, foram usados seiscentos samples utilizados separadamente, e cinqüenta e cinco canais de gravação.

O líder da banda, Kjetil Nordhus (cruzes!) inspirou-se para fazer essa música após o nascimento de seu filho, Damien Aleksander.

MÚSICAS

1) Light Of Day, Day of Darkness

Um épico impressionante, mais voltado para o Metal Progressivo, mas com inúmeras influências distintas dentro dos seus 60 minutos. Uma das coisas mais curiosas nessa música é notar que ela toca de forma ininterrupta, como se tivesse sido composta de uma vez só, e não de inúmeras partes interligadas.

Abaixo confira a parte inicial dessa música:

Inicia com sons de vento e chuva, aos poucos sendo acompanhado por um riff simples e bonito de violão. A entrada da bateria no início dos dois minutos é muito boa, e deixa a pessoa com vontade de balançar a cabeça.

O tema nessa parte é calmo, e o vocal segue essa linha. Perto dos cinco minutos um riff bastante pesado se inicia, e abre caminho para outra faceta da banda. Depois disso há uma parte calma de novo, e a banda vai intercalando essa linha com partes mais pesadas, que em certos pontos parece macabro.

Isso vai se modificando aos poucos, até que aos 30 minutos vocais líricos invadem o som, acompanhados de uma melodia que lembra a música árabe. Essa parte evolui até os 40 minutos, quando o vocal gótico volta a predominar, acompanhado de uma melodia mais "pegada".

Lá pelos 43 minutos o primeiro solo de guitarra aparece. Essa falta de solos poderia ser considerada chata para alguns, mas os músicos souberam trabalhar as idéias melódicas de forma perfeita, de modo que a composição não ficasse chata. Ao final do solo uma linha de violão (que Diego Camargo classificaria como hipnótica), acompanhada de vocais ao fundo.

Mais peso, e nos minutos finais uma parte acústica muito bonita, que culmina em um riff bastante pesado, e termina com uma caixinha de músicas tocando uma melodia bem calma.

Sem dúvida nenhuma uma música incrível, que deve ser digerida com calma, para o ouvinte saber apreciar cada acorde tocado e frase cantada. Uma música extremamente inspirada, digna de um gênio.

Uma das melhores músicas que já ouvi, sem dúvida!