É isso mesmo, mais uma grande banda com CD saído direto do forno...
Hoje, 17 de Agosto de 2010 foi o dia que a banda brasileira Angra escolheu para lançar seu novo álbum, o tão esperado Aqua.
Dias atrás postei sobre a produção desse álbum, que foi registrada pela banda em uma série de vídeos, desde os primórdios da pré-produção feita pelos músicos até a mixagem do álbum.
Pois bem, o resultado de todo aquele duro trabalho está finalmente à disposição dos fãs da banda, em cinco versões diferentes (parecido com o álbum do Maiden, eu sei, mas fazer o que?).
Acredito que nesse momento a melhor definição desse álbum que eu posso dar é: "Valeu à pena esperar!"
Assim como o novo álbum do Maiden, o som aqui capturado me surpreendeu muito, embora eu tivesse menos expectativas em relação ao Aqua por já ter certa noção do que seria apresentado nesse trabalho.
E, se você assistiu aos vídeos da pré produção, assim como eu, mas ainda não ouviu o disco, não se engane! O material apresentado nas filmagens é apenas o material bruto do álbum, sem tratamento, e não é completo. O som apresentado no álbum é infinitamente melhor que aquele!
Extremamente trabalhado, Aqua é realmente muito superior aos dois álbuns anteriores, trazendo o melhor do Angra e juntando mais dinamismo e detalhes às composições. Misturas equilibradas de peso, linhas progressivas, música clássica e virtuosidade figuram por entre todas as faixas, o que torna Aqua um álbum bastante coeso.
Realmente, como já foi dito, os músicos estão na sua melhor fase, e o entrosamento da banda é perceptível nas composições.
Aqueles que não gostavam do baterista Ricardo Confessori (como eu) vão ter que se render à batida precisa, pesada e técnica dele, que fez um excelente trabalho nesse álbum. A "dupla dinâmica" de guitarras está bastante coesa, e se completa de forma surpreendente, o baixista Felipe Andreoli esbanja virtuosismo e o cantor Edu Falaschi demonstra uma grande maturidade vocal, que não estava presente nos álbuns anteriores.
Músicas
1) Viderunt Te Aquae - Previsível? Talvez. A verdade é que essa introdução segue a linha de inicialização dos álbuns do Angra. Apocalíptica, é recheada de sons de trovões, sinos e um coral que lembra muito monges.
2) Arising Thunder - Seguindo a linha de músicas como Carry On, Nothing To Say e Nova Era, Arising Thunder tem tudo para ser o grande clássico do álbum. Power Metal puro, possui os riffs, solos e lick's rápidos e pesados característicos da banda, mas com diversos momentos e mudanças.
3) Awake From Darkness - O excelente riff do começo engata em outro voltado para notas oitavadas (que será usado novamente nos refrões), e à seguir Edu começa a cantar a letra de forma quase agressiva, o que valoriza a composição. Aos 2: 46 um dos riffs mais pesados já compostos pela banda dá um clima obscuro à música.
Mas é então que a banda para e apenas um piano faz uma bela linha melódica (me lembrou muito a música The Show Must Go On do Queen), acompanhado por um violino, ao final da qual um solo com pegada e velocidade é executado, lembrando um pouco a música clássica. Pra mim é a melhor do disco, indiscutivelmente.
4) Lease Of Life - Inicia com uma belíssima linha de piano, acompanhada pelo vocal preciso de Edu. A banda vai entrando aos poucos, dando mais espaço para o piano. Os músicos entram com tudo em 2: 14, com um solo de muita pegada, realmente muito bonito.
5) The Rage Of The Waters - As notas tocadas no início da música dão lugar para um riff que me lembrou bastante Nothing To Say. Em seguida mais ênfase para o vocal, com um instrumental de bastante qualidade ao fundo. Isso vai se sucessedendo até 2: 10, quando Felipe segura a base, e a banda entra em um riff muito pesado, intercalando ele com riffs de baixo.
Então a composição volta para o andamento normal, e após algumas "firulas", dois solos (para dizer o mínimo) impressionantes são executados. Mais voltados para a velocidade são de grande perfeição técnica. À seguir Edu volta cantando, e o o refrão é novamente executado.
6) Spirit Of The Air - Possui um início com um dedilhado muito bonito. Possui belas mudanças entre peso e calmaria, com texturas bem interessantes. No meio um coral faz uma bela vocalização, e a banda volta com tudo. Um solo extremamente belo é executado, e em seguida o vocal retorna. Termina com uma bela parte instrumental, em que o som daquela guitarra arábica é bem perceptível ao fundo.
7) Hollow - Tem um riff muito pesado no início. A música segue bem pesada até 2: 23, quando um dedilhado incrível de violão é feito (se você viu os vídeos é só lembrar do AntiSquick). Possui um solo com bastante pegada após isso. Na parte final, riffs extremamente pesados tomam conta da música.
8) A Monster In Her Eyes - Começa com dedilhados muuuito bonitos, e depois engata numa bela balada, bem pesada, mas que intercala partes ais calmas no meio, como a parte dos solos. Termina com os dedilhados do início.
9) Weakness Of A Man - Kiko Loureiro realmente fez um belo trabalho nessa introdução, em uma linha de violão que me lembrou música brasileira. Muda bastante, com várias texturas distintas. Realmente uma grande canção, possui solos muito bons.
10) Ashes - Uma linha de teclado bastante obscura serve de base para a voz de Edu, e uma bela balada se segue à isso. Na parte final o peso é mais intenso, mas nada que modifique a beleza geral da composição.
Realmente um álbum excelente bastante complexo, e que trouxe um Angra bastante maduro e entrosado, sem medo de ousar e arriscar um som mais progressivo. Talvez, como diria Edu, Aqua se torne O grande clássico da história do Angra, tamanha sua perfeição e cuidado.
Agora só esperemos que a banda continue unida assim por muitos anos...
3 comentários:
Gostei muito do post do Iron,parabéns.
Postei mais um link seu,continue enviando para nós
Valeu e abraços !!!
Gostei muito do Album AQUA do Angra
Menos LEase of Life
O toque progressivo foi algo inédito na banda
Ficou muito bom
Gostei do post
valeu KITARO!
abraço
Postar um comentário