figurinhas do rock: The Final Frontier, Novo Álbum do Iron Maiden

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

The Final Frontier, Novo Álbum do Iron Maiden

Pois é caros leitores, o Maiden lançou hoje, 16 de Agosto de 2010 seu 15° álbum de estúdio, o tão falado e esperado The Final Frontier. 

Após 4 anos de hiato em lançamentos, em que a banda dedicou-se mais à turnês em que tocaram os clássicos que os consagraram, voltaram ao estúdio no final do ano passado para compor, e o lançamento de hoje representa os frutos desse trabalho. 

Contraditório desde antes do lançamento, The Final Frontier marca os 15 álbuns de estúdio que Steve Harris havia planejado lançar no início da carreira. Segundo os músicos eles vão continuar, mas a dúvida ficou no ar...

Confesso que não esperava muito do álbum, mas ao ouvi-lo (bendito seja quem criou o Torrent!) tive uma viajem musical que nunca esperava ter. Os caras fizeram um trabalho impecável, que, como os anteriores, trouxe diferenças no som sem perder a identidade da banda. 

O que mais me impressionou foi a maturidade demonstrada pelos músicos nas canções, a coragem de testar um som mais progressivo sem ter medo de perder seu peso clássico. Ele também está presente no disco. Os riffs esmagadores e cortantes característicos da banda estão presentes nas músicas, aliados a passagens mais "calmas", com dedilhados de grande beleza.

O baterista Nicko McBrain continua batendo forte e pesado, Steve Harris demonstra a mesma perfeição como músico e compositor, e Bruce Dickinson parece ganhar mais vitalidade e força na voz conforme o tempo passa.

Músicas

O disco inicia com a pesada Satellite 15... The Final Frontier, que possui uma introdução de 4 minutos não inclusa no clip da música

À seguir a já bastante divulgada El Dorado vem acrescentar mais peso ao álbum, com riffs  esmagadores, baixo marcado e vocal agressivo. 

O set continua com a mais Progressiva e marcante Mother Of Mercy, muito bonita por sinal. 

A mais embalada Coming Home traz os primeiros dedilhados do disco, intercalados com muito peso nos interlúdios e refrões, solos incríveis de gelar a espinha e vocal impecável.

The Alchemist traz o Heavy Metal clássico da banda, maior velocidade, riffs, duetos e solos vibrantes e vocal cativante. Na minha opnião será um dos clássicos do disco. 

Isle of Avalon traz um som mais Progressivo e dinâmico, onde a banda explorou bastante a experiência de cada músico, com um resultado final impressionante. 

Starblind traz um clima bem épico, iniciando com dedilhados muito bonitos, e depois engatando em riffs bastante pesados, que vão sendo modificados no decorrer da música. Possui os dedilhados do início antes do último refrão, acompanhados por um solo pequeno mas muito bonito. 

The Talisman inicia com frases e dedilhados de violão incríveis (que me lembraram um pouco o início da música The Legacy do álbum anterior) acompanhados por uma bela linha vocal. Aos 2: 25 emerge um peso incrível, acompanhado pela voz desafiadora de Dickinson. Possui duetos muito bons, solos bem diferentes dos habituais da banda e várias mudanças.

Ao ouvir a música The Man Who Would Be King me perguntei "QUE BANDA É ESSA?!". Realmente uma música impressionante, inicia com os dedilhados mais bonitos do disco, e depois segue para um dueto incrível, um dos melhores da banda que eu já ouvi, seguindo para uma linha vocal bem construída, acompanhada pelos riffs clássicos da banda. A parte dos solos é menos inspirada (na minha opinião), mas não reduz a qualidade geral da música.

Li em fóruns que a música When The Wild Wind Blows lembra a carreira solo de Bruce Dickinson, mas seu início me lembrou a música To Tame A Land do álbum Piece Of Mind. A introdução com dedilhado, baixo marcado e som do vento abre passagem para uma música pesada e dinâmica, com vários momentos, e linhas vocais acompanhadas em quase toda a composição por uma guitarra bem executada. 
Os solos são incríveis, e mostram todo o feeling dos guitarristas. Tinha eleito antes a música Isle Of Avalon a melhor do disco, mas When The Wild Wind Blows realmente me deixou de boca aberta. Bem eu já havia ouvido que o melhor é deixado para o final...


O disco realmente me surpreendeu, trouxe um Maiden muito maduro e dinâmico, capaz de passar por diversas vertentes e estilos sem perder a identidade (já tinha dito isso, mas f*da-se). Realmente vale à pena conferir!

6 comentários:

Anônimo disse...

Que bom que a maioria dos fãns gostaram, eu pensava que o resultado ia ser bem ao contrario. Sempre tem aquele fã chato que faz questão de falar que nada mais o agradou depois de SSOSS. Depois de ouvir varias vezes eu gostei mais do disco do que da primeira vez. Mas ainda acho que dos últimos 4 albuns, o BNW é superior.

Jefferson disse...

realmente Johnny, há muitos "fãs" que não tem a mente aberta para um som diferente e mais experimental, coisa que o Maiden tem feito como poucos...
Também acho o BNW o melhor da nova fase do Maiden, mas acredito que o som mais Progressivo apresentado nesse disco trouxe maior versatilidade ao heavy Metal clássico da banda...

abraço!

Daniel disse...

Jefferson muito boa a resenha. Bom eu curti muito o álbum e creio que a maioria dos fãs também. Há aqueles que preferem ou espervam um álbum parecido com os clássicos dos anos 80..rs. Eu acho que o Iron vem numa crescente desde o BNW, a volta do Adrian e o Bruce deu um novo gás na banda (coisa que havia perdido) e desde então os três guitarristas estão fazendo um som finissimo. O que me chamou a atenção nesse álbum foi justamente essa pegada progressiva. Na minha opinião o Iron encerrou essa década no auge, alias, foi uma das melhores vividas pelo Iron.

Abraço

Jefferson disse...

Valeu Daniel! Realmente o Maiden vem se superando desde o BNW, e a formação atual parece cada vez mais entrosada.
A década que se acaba realmente foi de ouro para a banda, e se a analisarmos em conjunto com a década de 80 é possível notar a falta que Bruce e Adrian fizeram na péssima década de 90.

abraço!

Loverocklive disse...

No meu ponto de vista um dos melhores discos do Maiden, esse com certeza vai entrar para história não só da banda como do Heavy Metal também, essa mudanção que a banda teve em sua sonoridade, deu novos ares.

abraços
Nosso rock and roll nunca pode parar.

Anônimo disse...

So vou dizer uma coisa.Esse album e sem comentarios.

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