Pelo que me lembro da minha infância, comecei a ter sonhos de possuir uma banda desde que meu irmão mais velho começou a ouvir Rock perto de mim quando vinha nos visitar, isso por volta de 2000 e 2002. Na época eu nem sabia o que era música (quanto mais Rock), mas há certas melodias que até hoje estão incrustadas na minha memória, e que só recentemente fui descobrir de que bandas eram.
Por exemplo, os riff's iniciais de Wasted Years e Brave New World do Iron Maiden, trechos de 2112, La Villa Strangiato, e Cignus X-1 Book II, do Rush (na época meu irmão adorava Rush), estão em minha memória de forma profunda, e sempre que ouço essas músicas lembro-me da infância.
Além disso, meu irmão tocava violão, e (e acredito que como a maioria dos irmãos mais novos) achava meu irmão um grande músico. Foi ele quem ensinou meus primeiros acordes, quando eu tinha uns 11 anos, porém não tive perseverança, e só fui começar a tocar violão novamente um ou dois anos depois (quando eu estava na 6a. série). À partir daí comecei uma audição confusa, não dando muita ênfase a bandas ou estilos, mas posso dizer que as dicas de meu irmão nessa fase foram decisivas para minha evolução musical.
Nessa época compus algumas músicas, bastante grotescas, admito, mas que já mostravam meu amor pela música e minha vontade de expandir meus conhecimentos e criatividade. Mas nessa época minhas esperanças de ter uma banda eram distantes, quase nulas. Até que...2007: Sun Shine, O Projeto
Na parte final do ano de 2007, quando eu estava no 1° ano do Ensino Médio, dois amigos meus me convidaram para tocar guitarra base numa banda que estavam montando. Na época nenhum de nós sabia nada de como tocar em uma banda, mas fizemos projetos e mais projetos, adicionando a formação mais dois integrantes, e os planos continuaram. Neles, a banda teria 3 guitarristas, mas nenhum dos três entendia nada de guitarra...
Por fim o ano terminou sem tomarmos nenhuma decisão concreta, mas o cerne da banda (eu e os dois amigos que me convidaram) continuamos na ativa, e nessas férias as coisas começaram a tomar forma. Rafael comprou uma guitarra, meu outro amigo comprou uma bateria e eu consegui a guitarra do meu irmão, uma Ibanez GRX-40, acompanhada por uma caixa Meteoro.
Nesse ponto estávamos prontos para muito Rock n' Roll, e a formação "original" estava pronta:
Três garotos sem nenhuma experiência musical, mas mesmo assim famintos pelo ROCK!!!
Mudamos nosso nome para H2SO4 nessa época. Tocávamos quase só covers mal feitos do Offspring, e outras músicas só pela metade, mas não nos importávamos, só de poder tocar juntos era uma grande alegria. Foi então que...
2a. Formação: Implosão e 1° Regresso
Nessa época não tínhamos nem um vocalista nem baixista, então chamamos para o grupo uma amiga nossa para assumir ambos os postos, mas ela não conseguia tocar baixo decentemente, então um cara que morava perto de nós foi chamado, e a banda passou por essas duas modificações em um mês:
Punk extremo, essa fase foi dedicada quase só a tocar Ramones, o que começou a desgastar as relações pessoais. Pode-se dizer que foi nessa hora que surgiram duas bandas, uma formada por eu e Rafael (o outro guitarrista), e outra formada pelo baterista e o baixista Guilherme.
Enquanto Carla, a cantora, ficou neutra, essas duas partes entraram em um processo de autodestruição, se isolando cada vez mais uma da outra e entrando em discussões cada vez mais acirradas. Por nosso lado, eu e Rafael queríamos sair do Punk e entrar em um som mais elaborado, enquanto o baterista e Guilherme queria a simplicidade do Punk.
Eu já havia abandonado a guitarra base, começando a solar mais, e eu e Rafael começamos a tocar sozinhos e a compor um pouco, enquanto a banda ia de mal a pior.Chegamos a fazer uma apresentação na escola nessa época, nada expressiva, e chegamos a errar de forma grotesca. Por fim, decidimos acabar com a banda, o que nessa época foi melhor para todos.
Meses depois, eu, o baterista e Rafael resolvemos voltar a tocar, e, com a mente mais aberta, nos preparamos para tocar num festival de bandas de nossa cidade, recém rebatizado Music Fest, um duelo de duplas e bandas. Confira abaixo nossa apresentação no local, tocando a música Can't Get My Head Around You do Offspring, não reparem na execução meio errada nem no som horrível...
3a. Formação: Esperança e Fracasso
Por volta de março de 2009, um colega meu aceitou ser nosso baixista, e, nos meses seguintes tivemos extrema atividade, onde compusemos várias músicas (de qualidade pra variar) e conseguimos expandir nossos horizontes. Estávamos bastante empolgados, mas foi então que José, o baixista, quis sair da banda, e não pudemos fazer nada à respeito.
Mas não desistimos, continuamos tocando juntos, e nessa fase começamos a tocar músicas mais elaboradas. Mas as discussões continuaram, mais por causa de estilos. Eu nessa época comecei a conhecer mais o Progressivo, enquanto o baterista se fincou no Punk, o que gerou desafenças.
Decidi sair da banda, e só recentemente (ontem para ser mais exato) voltamos a tocar juntos, após um hiato de uns quatro meses.
Espero que tenham gostado, talvez não seja uma história muito emocionante, e admito que não botei todos os detalhes, mas procurei ser o mais informativo possível...
Decidi sair da banda, e só recentemente (ontem para ser mais exato) voltamos a tocar juntos, após um hiato de uns quatro meses.
Espero que tenham gostado, talvez não seja uma história muito emocionante, e admito que não botei todos os detalhes, mas procurei ser o mais informativo possível...
11 comentários:
Jefferson, sempre é interessante saber sobre a história e as influências de fãs de rock como nós.
O mais importante é manter a paixão pela música sempre viva!
abçs
Rodz
valeu Rodz!
realmente acho interessante saber das influências de outros rockeiros, e todas essas fases de minha banda foram caracterizadas pelo amor pelo Rock, por mais estranho que esse amor possa ser...
abraço!
Po legal,parabéns pelo post,isso mostra que tocar muito e não ter paixão pela musica não quer dizer nada.Os Ramones nunca souberam pegar em um instrumento e fizeram o basico do basico,e hoje estão ai,uma lenda do punk e do rock
Até mais !!!
valeu Guilherme!
De fato, não adianta saber tocar 520 notas por segundo e ser chamado virtuoso e não demonstrar amor e respeito pelo Rock (estilo e músicos).
abraço!
Vida de musico é FODAAAAAA
mas é assim mesmo, tem que se levanta a cada tombo e segui em frente, mas nunca deixa de lado a música...
Abraços Thiago Ramone.
Valeu Thiago
de fato, cair sim, desistir JAMAIS!
abraço!
Grande Jefferson! Lendo sua história lembrei muito de mim mesmo... Fiz parte de algumas bandas tb, mas sempre como vocalista, pq não sabia tocar nada mas a paixão pela música sempre foi grande.
Em uma época, todo o pessoal da banda (Yellowfingers, rsss) estudava música, menos eu, aí eles me intimaram a estudar canto, só que me apaixonei pela professora que hoje é minha esposa (ontém fizemos 14 anos de casados).
Com o tempo, me aprofundei muito na música ao ponto de estar habilitado à lecionar e isso foi muito importante, pois me mostrou um enorme universo musical que vai muito além do rock, apesar de continuar gostando muito dele.
É isso aí, valeu parcerão!
Abraço!
valeu Rodrigo!
bah que tri cara, como a vida é interessante (ainda mais de um rockeiro rs...) mas o importante é nunca perder o amor pelo Rock!
abraço!
Adorei este post,fiquei nostálgica!também tenho muitas lembranças embaladas pelo rock...
Aqui,querido.Tem um selo para você lá no Bon Jovi Rocks,acesse esse link: http://bonjoviarchives.blogspot.com/2010/08/selo-blog-de-ouro.html
Grande beijo e sucesso!
:)
Ah,esqueci! Votei no Led Zeppelin (que escolha difícil!!)...Capricha aí quando fizer o especial,virei prestigiar,com muito prazer!
valeu Mel! Pode deixar que procurarei fazer uma semana especial especial rs...
abraço!
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