figurinhas do rock: Os Primeiros Anos Do Jethro Tull

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Os Primeiros Anos Do Jethro Tull

Nem todos conhecem Jethro Tull (não caros leitores, não estou falando do agricultor inglês inventor da semeadeira mecânica), e talvez isso cause constrangimentos na hora de falar de suas influências, principalmente para aqueles que não sabem nem o que é Rock progressivo...

Mas o fato é que o Jethro Tull contribuiu MUITO para a popularidade e expansão do estilo nos anos 70 e 80. E, se hoje eles são lembrados mais por discos como Thick As A Brick e Crest Of A Knave (que tirou o Grammy de Melhor Performance Rock Pesado/Metal do Metallica em 89, fato discutido até hoje), a sua fase inicial é pouco lembrada.

A banda, formada em 1967, no início não tocava Rock Progressivo, até por que o estilo não existia, e estava recém nos primórdios. Tocava um Blues de primeira qualidade, só que um tanto quanto diferente, pela presença da flauta.

O primeiro disco da banda, This Was (é impressão minha ou os integrantes da banda parecem Hobbits?), de 68 traz um som bem interessante, e é audição obrigatória para aqueles que querem conhecer mais sobre o Blues. 


Ouça a melhor faixa do disco (na minha opinião), It´s Breaking Me Up.



Foi um disco bem recebido pelos críticos e pelo público, e vendeu relativamente bem, mas marcou a saída do guitarrista Mick Abrahams, que queria se firmar no Blues, enquanto o líder da banda, Ian Anderson, queria desenvolver um som mais complexo, coisa que ele afirmava ser impossível no Blues, para ele um estilo limitado.


Assim, seu próximo álbum, Stand Up, de 1969, traz uma nova sonoridade, mais progressiva e viajante, contando inclusive com uma composição de Johann Sebastian Bach, as músicas restantes sendo compostas por Ian Anderson. 

Foi um álbum que fez bastante sucesso, alcançando a primeira colocação dos mais vendidos da Inglaterra. 


O álbum seguinte, Benefit, trouxe o som da banda pela primeira vez acompanhados por teclados, sendo estes tocados por John Evan, embora ele fosse apenas um músico contratado, e não um membro oficial do grupo.


É um disco com bastante ênfase na guitarra de Martin Barre, que eu considero um dos melhores guitarristas do Universo Progressivo. Teve boa vendagem, mas foi só o predescessor de um dos melhores e o mais famoso álbum do Tull, Aqualung, de 1971, que abriu as portas para tudo o que ocorreria com a banda à seguir, embora isso não seja mais o começo da banda, tema que venho abordando nesse post.


A maioria das bandas dessa época possuiu um começo meio "confuso", e tiveram que lutar para formar sua própria identidade, mas aí é que está a principal diferença do Jethro Tull: eles TINHAM uma identidade própria desde o início, e, apresar da mudança do som com o passar do tempo, tudo estava dentro dos moldes construídos no primeiro álbum.


Para quem não conhece a banda, essa fase inicial é uma boa pedida para se familiarizar ao universo dao grupo, e preparar os ouvidos para álbuns como Thick As A Brick.

4 comentários:

Loverocklive disse...

Cara realmente uma banda fantastica.

O Rock progressivo é animal, estu ouvindo bastante bandas alemãs.

Jefferson disse...

bah LoveRock, eu estou me aprofundando no Rock Progressivo de um ano pra cá, e estou cada vez mais apaixonado pelo estilo.

Uma boa banda de Prog Metal do Brasil para você conferir é Ansata, meio que uma mistura de Symphony X e Angra, realmente de muita qualidade, embora as bandas alemãs também sejam excelentes.

abraço!

Rodrigo disse...

Eu não curto progressivo mas lembro bem quando o JT levou o Grammy do Metallica...

abçs

Rodz

Edison Waetge Jr disse...

Essa música de Bach que você menciona é Bourrée e é realmente sensacional na interpretação do Jethro Tull. Vale a pena conhecer.

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