Ritchie Blackmore: O Rei do Improviso

É bem sabido que, no mundo do Rock, há guitarristas com g minúsculo e Guitarristas com G maiúsculo.

Se há alguém que mereça o G maiúsculo, esse cara é Ritchie Blackmore. 

O cara simplesmente NASCEU para tocar guitarra, seu domínio sobre ela é algo assombroso, e ele consegue criar melodias fantásticas e antológicas como quem faz um simples aquecimento.

Mas, na minha opinião, o grande diferencial de Ritchie não é o que ele faz em estúdio, mas o que ele faz ao vivo. O cara é um dos melhores solistas de todos os tempos, e suas apresentações ao vivo sempre contaram com longos e complexos improvisos, onde ele comandava as bandas, sempre com maestria e genialidade.

Pra mim ele é muito melhor para solos e improvisos que Jimmy Page, que na minha opinião não é um grande solista, e sempre quis colocar notas demais em seus solos sem ter capacidade para isso. Não digo com isso que não gosto de seus solos: solos como o de Stairway To Heaven são antológicos, mas há outros em que Page deixa muito à desejar.

Talvez sua fase mais proeminente nesse quesito foram os primeiros anos do Rainbow, de 1975 até 1978, ano em que Dio (R.I.P.) deixou a banda. A interação dele com a guitarra era algo assombroso, e as ampliações que ele e Dio faziam juntos eram F-A-N-T-Á-S-T-I-C-A-S, e foram algo das coisas mais incríveis já feitas.

Duvida?

Algo muito interessante e inovador introduzido por Ritchie foram as introduções de música clássica antes das composições, algo totalmente desconcertante, que abriu espaço para guitarristas como Yngwie Malmsteen, que exploraram posteriormente esse estilo Neoclássico mais à fundo.

E, para encerrar, gostaria de destacar o excelente bom gosto de Ritchie ao escolher para ser cantora (e esposa) de seu projeto atual (Blackmore's Night) Candice Night, que além de uma voz lindíssima, possui grande presença de palco, e um corpão de dar inveja a muita mocinha por aí...