As vezes me sinto o Velho do Saco (muitos não entenderão o significado da expressão, por isso vou explicar: Velho do Saco seria aquela pessoa que vai juntando coisas que julga que algum dia terão utilidade, mas que nunca serão usadas realmente).
No meu caso, nunca nego mais músicas para meu HD (é claro, desde que seja de Rock de verdade), o que faz com que eu tenha dezenas de artistas que nunca ouvi nem sei o que são nos meus 149 Gb de arquivos.
Então, tentando reduzir um pouco a parcela desconhecida resolvi um disco que nunca tive vontade de ouvir, o Death Magnetic do Metallica.
Por que nunca tive vontade de ouvi-lo? Nem eu sei ao certo, mas talvez seja o fato de achar que o Metallica não é nem a sombra do que já foi (afinal, a decepção com o St. Anger foi muito grande...)
Bom, a música começa com um dos dedilhados obscuros característicos do grupo, passando depois para um som pesado e pulsante, mas que não mostra em nada o som de antigamente.
O que pude notar é que o som está mais difícil de ser assimilado que antigamente, por isso precisei ouvir o disco 3 vezes para entender seus movimentos melódicos.
Porra, cadê aquele James Hetfield que GRITAVA: "HIT THE LIGHTS!!!"? A voz dele decaiu demais nesses anos, e seu timbre mudou completamente. Bom, a idade é F*%$... Seu desempenho na guitarra pelo menos foi satisfatório, o que pra mim é o fundamental...
Agora vamos a bateria. Fico feliz que Lars Ulrich tenha trocado o kit de panelas Tramontina (e olha que essa frase foi sem exageros, pelo amor de Deus!!!) que usou no último disco por uma bateria decente de novo. Seu estilo pesado e cortante voltou, com bumbo duplo em muitos momentos, mas já não mostra o mesmo estilo inovador dos anos 80.
No baixo, Trujillo fez o seu trabalho impecável de sempre, não se destacando em nenhum momento, mas segurando muito bem as músicas.
E, nos solos que voltaram (GRAÇAS A DEUS!!!) Kirk se destaca novamente, com seu estilo super rápido e de muita pegada. É claro que não vemos solos geniais como o de Master Of Puppets nem de One, mas o seu desempenho foi muito bom, e os solos empolgam.
Agora vou falar de um ponto que para muitos deve ter passado despercebido, mas que notei logo de cara: O tamanho das músicas. Músicas longas sempre foram um ponto clássico do Metallica, mas agora acho que elas atrapalharam.
As músicas parecem perder a intensidade conforme os minutos passam, e isso tende a tornar a audição um pouco cansativa. Não que músicas menores salvariam o som final, mas talvez viessem a calhar melhor nesse ponto de menor criatividade do grupo.
Não há grandes destaques, pois as músicas parecem ter a mesma essência sonora, embora a segunda, The End Of The Line, pareceu resgatar um pouco daquela vitalidade de antigamente, com riff's surpreendentes e pulsantes que tornaram o Metallica no que é hoje.
O disco trouxe uma tentativa de fazer o Metallica voltar ao seu som característico, e embora seja muito elogiado acho que merece um mediano apenas. Se fosse outra banda talvez merecesse um muito bom, mas como é o Metallica, um mediano está de bom tamanho...
4 comentários:
CONCORDO PRA CARALHO CARA
VI O BLOG NO AMBIENTE MUSICAL, VOU VISITAR SEMPRE, DO CARALHOO
NÓIS MANO
valeu pelo comentário Anônimo!
Continue acessando!
Abraço!
É.
Eu concordo com tudo, mas de uma forma meio leiga.
Pois vou confessar: admiro você por ter dado chance ao álbum e tê-lo ouvido umas três vezes antes de escrever, pois eu só consegui ouvir uma vez ele inteiro. Depois eu tentei, juro que tentei ouvir mais algumas vezes mas acho que não passei da segunda faixa.
Não desceu.
Vou tentar de novo, só para ter certeza se o disco é ruim mesmo, mas sei lá...
Parabéns pelo blog ae, cara, muito bons os textos!
dae Antro Musical!
Realmente o disco é chato de ouvir e não mostra em nada o Metallica antigo...
Valeu pelo comentário, já estou seguindo seu blog e adicionei na minha lista de blogs!
Abraço e sucesso!
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