figurinhas do rock: Afinal, Dragonforce é só velocidade?

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Afinal, Dragonforce é só velocidade?

Pra quem não sabe quem é esse loiro do meio, ele é Marc Hudson,  novo vocalista do grupo à partir desse ano.

Conheci a banda inglesa Dragonforce há alguns anos por intermédio de um amigo meu, e desde então tenho ouvido de vez em quando essa banda com sonoridade muito particular...

Bom, para quem não conhece, à primeira vista o som do Dragonforce pode ser resumido em duas palavras: Velocidade Extrema!

Pra quem acha que Yngwie Malmsteen é o rei da velocidade até hoje está enganado. Os guitarristas Herman Li e Sam Totman tem um controle absurdamente alto da velocidade, e fazem Malmsteen passar vergonha, tamanha habilidade que eles utilizam nas composições.


O som do grupo é diferente e único, com clima denso propiciado pela batida incrivelmente rápida (rápida meeeesmo) do baterista Dave Mackintosh, que usa a técnica conhecida como Blast Beat (ou metranca), uma espécie de parede sonora, com velocidades entre 240 a 260 BPM (!!!). Para entender a forma como ele toca veja o vídeo abaixo:


Além disso, os guitarristas utilizam muitas dobras de guitarras bem agressivas, deixando o som parecido com o de sons de jogos de videogames antigos, aliando isso a velocidades extremas e técnicas complexas e desafiadoras.

Há ainda linhas e ambiências rápidas e profundas de teclado, com eventuais solos nos mesmos moldes que os guitarristas utilizam. E, para completar, há a voz muito alta, mas nem sempre gritada é preciso dizer, que adiciona mais agressividade ao som.

Por isso tudo, o som do Dragonforce é difícil de ser classificado. Os músicos consideram que fazem Extreme Power Metal, mas segundo o guitarrista Herman Li:

“Metal Nintendo", "Bon Jovi dopado", “Journey encontra Slayer"...as pessoas sempre chegam com rótulos estranhos para nós.

Outra coisa que chama atenção na banda é o tamanho das composições para uma banda desse estilo. A média do tamanho das músicas é 7 minutos, tendo várias com 8 e até 9 minutos de duração. Isso poderia ser uma barreira para uma banda baseada em velocidade extrema, mas não para o Dragonforce. Os longos solos e riff’s complexos vão sendo intercalados e tendem a evoluir de forma interessante e muito natural, o que não deixa as músicas chatas em nenhum momento.

Para muitos o som do Dragonforce se resume apenas em velocidade, mas eu discordo. Não é apenas “velocidade por velocidade”, mas velocidade com conteúdo. As letras fantasiosas das músicas ganham um arranjo perfeito dentro do instrumental denso do grupo, algo que deve ser levado em conta, pois ao ouvir os discos é possível notar o cuidado com a métrica e com a forma rebuscada, usada para formar um som complexo, fechado e sem pontas soltas.

Esse cuidado com todos os detalhes é algo que eu admiro muito na banda, e que fazem do Dragonforce a única banda de velocidade extrema que eu gosto.

Pra quem ficou interessado, mas não sabe por onde começar a audição, recomendo ouvir primeiramente o disco Inhuman Rampage, de 2006, que na minha opinião é de mais fácil assimilação, e que com certeza irá fazer os de mente aberta gostarem do grupo...





E, sim, a presença de palco do tecladista é HORRÍVEL!!!!

Um comentário:

Thiago ~ Ah Brancão disse...

Excelente post,
DragonForce é muito foda, o ultimo album deles "The Power Within", eles diminuíram bastante os solos, as músicas ficaram mais curtas...
Mais as letras e a melodia continua foda como sempre!

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