Discos Injustiçados: The X Factor - Iron Maiden

Na história do Heavy Metal, foram muitos os discos que foram "rejeitados" pelo público, seja por causa da baixa criatividade dos músicos nele, diferenças entre o anterior e ele, ou por alguma  troca de músico.

Pois bem. De todos esses discos, um talvez seja o mais criticado e menos ouvido. 

Estou falando do CD The X Factor, do Iron Maiden, primeiro com a presença de Blaze Bayley nos vocais (sim, eu sei que ele não chega nem aos pés de Bruce, mas também dizer que o cara não canta bem é injustiça!).

Para ser sincero, a primeira vez que ouvi o disco também não gostei. Porém, ao ouvir com mais atenção, vi que o som do Maiden nesse disco não é tão ruim como a maioria diz.

As melodias, apesar de mais influenciadas pelo teclado e por dedilhados, são cheias de energia, com um tom épico fantástico. 

O pai de Steve Harris tinha morrido um pouco antes deles comporem esse disco, por isso as melodias possui um tom mais negro e obscuro que dá ao álbum um tom bastante diferenciado. 

Ele começa com a grande e fantástica The Sign Of The Cross, pra mim uma das melhores músicas já compostas pelo Maiden. É claro que ela fica melhor na voz de Bruce, mas isso é outra história...

Em seguida, a mais cadenciada Lord Of The Files vem para embalar um pouco o disco. A seguinte, Man On The Edge, é simplesmente uma das melhores músicas feitas com os vocais de Blaze.

É seguida da mais obscura Fortunes Of War, com um tom incrível, que abre espaço para a também mais lenta Look For The Truth.

É interessante notar que a voz de Blaze parece se adaptar melhor com músicas mais lentas e obscuras, e que ela é bastante poderosa nessas faixas.

The Aftermath traz a mesma sonoridade lenta e pesada das anteriores, e é seguida pela mais embalada Judgement Of Heaven, uma das únicas mais embaladas do disco.

É seguida de Blood On The World's Hands, que tem no começo um solo de baixo fantástico de Steve Harris, e que se transforma em uma das duas mais obscuras do álbum (bem visualizado no vídeo abaixo:

Seguindo o disco, mais uma música obscura vem com The Edge Of Darkness, que tem da metade pra frente um som mais rápido. É seguida da lindíssima 2 A.M., com solos incríveis, e dedilhados muito bonitos. 


E, para encerrar o disco, a mais rápida The Unbeliever vem terminar muito bem com esse grande disco, adicionando beleza aos solos.

Talvez muitos me considerem um herege por gostar desse disco, mas, para esses, faço a pergunta:

"Se a fase de Blaze Bayley não tivesse acontecido, será que o Maiden voltaria com tanta força e da forma magistral que voltou no Brave New World?"


Fica aqui a reflexão...